TJ não considera greve ilegal, mas manda Sinte voltar às aulas
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Odeni Silva, foi ao Tribunal de Justiça explicar ao desembargador José James os motivos que levaram a categoria à greve e pedir que o magistrado não considerasse o pedido de ilegalidade do movimento, feito pelo governo. O desembargador informou que negou o pedido do Executivo, mas determinou a volta imediata dos professores ao trabalho. A classe realiza, nesta manhã, uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak.
"Não fomos comunicados oficialmente, mas vamos recorrer da decisão, já que a greve não foi considerada ilegal e nós temos as nossas justificativas. Nossa luta é para que o aluno e o professor tenham condições de estar na escola durante todo o ano letivo", declarou.
A professora afirma que está marcada para a próxima semana uma audiência pública na Assembleia Legislativa.
De acordo com o secretário de comunicação do sindicato, Kassyus Lages, o Sinte já esperava que o governo pedisse a ilegalidade da greve e está descontente com a intransigência da atual gestão. "Recebemos com naturalidade este pedido de ilegalidade, já que o governo se acha no direito. Mas não entendemos como um governo que se fiz socialista não queira sequer sentar para negociar", declarou.
Os docentes reivindicam o repasse de um valor de custo por aluno, reajustado este ano que, segundo ele, injeta R$ 31 milhões nas contas da Educação estadual, o que justificaria um reajuste de 21,71% no salário dos professores e 15% aos servidores e serviços administrativos.
Após a manifestação, os professores irão distribuir um manifesto à sociedade explicando porque estão em greve.
Thiago Amaral/CidadeVerde.com