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sábado, 8 de maio de 2010

Lançamento de Alckmin ao governo de SP tenta mostrar unidade e vira ato pró-Serra

Sem citar diretamente o governo Lula ou Dilma Rousseff (PT), contra quem disputa a Presidência da República, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) disse que sua administração à frente do Estado de São Paulo "não praticou a truculência, não criou dossiês e nem demonizou a oposição". Ele alfinetou a gestão petista: "em São Paulo, não governamos para dois ou três partidos; governamos para o povo". As declarações foram dadas durante o lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo do Estado, realizada na zona norte da capital paulista. 


Dizendo-se "muito emocionado", Serra cometeu dois deslizes em seu pronunciamento. O primeiro foi quando disse que Gilberto Kassab era o presidente do DEM. Corringo-se a tempo, tentou esclarecer: "se não é o presidente, é quem manda". Constrangido, o prefeito de São Paulo corou diante das câmeras. Mais adiante, na tentativa de elogiar Alckmin, voltou a corrigir-se: "tem humildade na derrota...não. Tem humildade na vitória". Minutos antes, os dois se cumprimentaram rapidamente e, sorrindo, posaram para fotos.


Último a discursar, Alckmin evitou ataques à oposição e prometeu ser "um soldado" na luta de José Serra "em direção a Brasília". "Futuro presidente José Serra, quero dizer, desde logo: conte comigo", declarou. Como denuncia a fala de Alckmin, a disputa pelo governo do Estado de São Paulo ficou em segundo lugar ao longo do evento; em todos os discursos, a tônica foram as declarações de unidade partidária e apoio irrestrito à candidatura tucana à Presidência da República.


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro a usar seu discurso para atacar o governo Lula. "O Brasil pode mais, pode melhor e pode com mais decência. Não titubeando, com um passo para a frente e outro pra trás, como faz o governo atual", criticou. "Eles falam, falam, falam e nós fazemos. Basta falar PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], PAC, PAC, PAC e não acontece nada, não há realização (...) O Brasil precisa fazer tudo isso com lisura, propriedade, sem passa-moleque, sem corrupção".


Fiador da aliança do PMDB com os tucanos em São Paulo, Orestes Quércia criticou as lideranças de seu partido por terem fechado apoio a Dilma Rousseff (PT) em nível nacional. "Não se pode improvisar e colocar na Presidência da República uma pessoa que pode ter boas intenções, mas não tem experiência", disse, em referência à ex-ministra da Casa Civil. O ex-governador de São Paulo aproveitou ainda para pedir "apoio" a sua candidatura. "Não esqueçam da dobradinha para o Senado: Quércia e Aloysio".


Já o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), elogiou o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado. "Ele vai se superar, elegendo-se governador e fazendo um governo ainda melhor do que o que já fez", afirmou. A campanha à Presidência também permeou o discurso do prefeito. "Conte conosco, presidente Serra". Durante a apresentação de Kassab por uma oradora, um grito ecoou próximo à área destinada a jornalistas, vindo de um dos muitos adolescentes da claque.


Notícias de São Paulo.

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