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domingo, 30 de janeiro de 2011

Mesmo em ritmo desacelerado, emprego continuará crescendo no Brasil

Economistas dizem que emprego continuará crescendo
Os três principais indicadores de emprego no Brasil, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) e Pesquisa Mensal de Emprego (PME), confirmaram: se houve um ano da última década com recorde na forte geração de emprego e taxa de demissões baixa este foi 2010. 

Segundo a PME, do IBGE, a taxa de desemprego do ano passado fechou em 6,7%. Mas, essa tendência continuará em 2011? Economistas ouvidos pelo CorreioWeb concordam em apostar que, apesar de ressalvas importantes como inflação e importações em alta poderem arriscar o bom momento do mercado de trabalho nacional, é bem provável que os bons ventos soprem novamente para os trabalhadores.

"O emprego vai continuar crescendo, mas não no mesmo ritmo. Contudo, como também não existe tanto desemprego assim no país hoje em dia, a situação tende a ser regular em 2011", aponta Armando Castelar Pinheiro, coordenador de Economia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para ele, causa muito otimismo um cenário próximo do pleno emprego, percebido em algumas regiões metropolitanas como na Grande Porto Alegre, que registrou a menor taxa de desocupação de 2010 entre as seis pesquisadas: 4,5%.

No entanto, Castelar alerta para o controle da inflação que, em 2010, fechou em 5,91%, menor patamar em seis anos, de acordo com o índice oficial IPCA. Se não fosse a forte alta dos preços no ano passado, o rendimento médio dos trabalhadores poderia ter sido maior, lembra o economista. "Temos que crescer, mas de forma regulada. Certamente, o governo terá dificuldades para cumprir as metas para fazer ajuste fiscal e reduzir juros no início da nova gestão."

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça, ressalta que a inflação diminui o impacto de alguns ganhos, como de negociações coletivas de sindicatos trabalhistas. Porém, não há motivo para preocupação exacerbada quanto ao tema. "Não vejo no país um ambiente onde a inflação esteja fora de controle. Ocorre que os principais meios de enfrentamento do governo no campo econômico, como queda da taxa básica de juros, reajuste do salário não tão alto e corte de gastos deve frear esse risco."

Mendonça lembra que, enquanto o Brasil continuar na rota do crescimento econômico sustentado pelo mercado interno, as condições para o emprego continuarão num ritmo forte, mesmo que de forma menos intensa. No entanto, ele chama a atenção para o baixo crescimento recente da População Economicamente Ativa (PEA). Esse fator indica a capacidade de força de trabalho no país. "Nos próximos 20 anos, a PEA deve crescer 2% ao ano. Isso é cenário de queda de desemprego a longo prazo. Agora é possível haver apagões de emprego se não houver investimentos em tecnologia e pesquisa que busquem melhoria da produtividade", diz.


Portal da Clube
Com informações do Correio Web
Imagem ilustrativa 

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