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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

85,35% do leite produzido no Piauí não é inspecionado

O leite é um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo. Está presente no cardápio diário de muitos piauienses. Mas, uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou um dado preocupante: 85,35% do leite produzido no Piauí não é inspecionado por nenhuma autoridade sanitária federal, estadual ou municipal.


Conforme a pesquisa, os pecuaristas do Estado produziram 213,857 milhões de litros de leite, mas apenas 21% desse total chegou a ser inspecionado. Desta forma, 168,062 milhões de litros de leite podem ter sido consumidos sem qualquer garantia de qualidade e procedência.


O índice do Piauí é o segundo pior do Brasil, atrás apenas do Maranhão (85,66). Pernambuco (79,40%) é o terceiro pior. O resultado local está muito abaixo da média nacional, que ficou em 32,65%, segundo o IBGE. Amazonas, Roraima e Amapá não possuem dados no IBGE sobre inspeção de leite.


Na maioria dos casos, o leite informal e ilegal vem do pequeno produtor, que não conseguiu bom preço na cooperativa e decide vender no varejo. Em Teresina, por exemplo, ainda é possível encontrar os leiteiros que saem pelos bairros da cidade vendendo de porta em porta o produto.

"Sempre vai haver esse leite informal se a inspeção dos governos não tomar uma atitude e passar a fiscalizar e multar", afirma Maria Lima, técnica da Vigilância Sanitária, acrescentando que o Estado é responsável apenas pelas inspeções no comércio, ou seja, fiscalizar o produto vendido nas prateleiras.


No entanto, além do leite oriundo de grandes produtores, é possível identificar o leite informal é produzido por pequenos pecuaristas, que optam pela venda direta para obter preço melhor do que nos laticínios. Os produtores ganham o dobro, vendendo o produto em garrafa pet ou fabricando o próprio queijo.

O preço atrai aos consumidores: o litro vendido ao laticínio rende ao produtor de R$ 0,60 a R$ 0,65. Na garrafa pet, sai por até R$ 1,30. A peça de queijo, que consome cerca de oito litros, é vendida a R$ 10,00.

Em nota, o Ministério da Agricultura, responsável pelas inspeções do leite in natura, reconhece que há falhas de fiscalização nas esferas federal, estadual e municipal. A instituição admite ainda que é preciso melhorar o controle da venda de leite e de queijo sem inspeção.

Segundo o Ministério, as ações dependem de um esforço conjunto entre prefeituras, Estados e ministério. Por outro lado, afirma que é tarefa das vigilâncias sanitárias de prefeituras e Estados coibir a venda desses produtos em comércios e na rua.
  • Fonte: Mayara Bastos/Jornal O DIA

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