Mutirão carcerário causa prejuízo para a polícia picoense
O velho ditado popular que diz “polícia prende e a Justiça solta” se encaixa no atual panorama da cidade de Picos. Levantamento do delegado do 2º Distrito Policial, Abelardo Oliveira, mostra que quase 40% dos presos libertados recentemente durante um mutirão carcerário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), voltaram a reincidir e acabaram presos. Esta recaída causa um grande prejuízo, tendo em vista que os policiais são obrigados a prender as mesmas pessoas novamente.
Exemplo disso é a história de Paulo César de Lima, o “Paulo Fú”. Depois de cumprir uma pena de quase dois anos acusado de vários furtos e assaltos ele foi solto da Penitenciária José de Deus Barros no dia 03 de agosto. No entanto, apenas dois dias depois “Paulo Fú” voltou para trás das grades. Policias da Rocad o prenderam em flagrante após roubar duas pessoas no bairro Bomba.
Semana passada outro detento considerado perigoso solto durante o mutirão voltou para a cadeia. Francimilson Lima Evangelista, o Milsinho, foi preso em flagrante por policiais militares logo depois de ter roubado, na companhia de um menor, uma motocicleta pertencente um mototaxista. O assalto e a prisão aconteceram no bairro Morada do Sol, na noite do último dia 04 de agosto.
São por essas e muitas outras histórias de reincidências que as autoridades policiais questionam a eficácia do mutirão carcerário. O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Major Vicente Carlos, declarou que este tipo de procedimento do Poder Judiciário traz benefício tão somente para o sistema carcerário. “Mas causam prejuízo, porque a maioria dos elementos que são soltos volta a delinqüir”, completou.
Com informações noticiei