Redirecionando

terça-feira, 13 de julho de 2010

90% dos jovens em conflito voltam ao crime no Piauí

                                                       Imagem: Divulgação
Nove em cada 10 adolescentes em conflito com a Lei no Piauí voltam a cometer crimes. A informação é da coordenadora do NDCA (Núcleo de Defesa da Criança e da Adolescência) do Piauí, a promotora Aline Patrício.

De acordo com ela este é apenas um dos índices preocupantes com relação ao Piauí nestes 20 anos de aplicação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), completados hoje, 13 de julho. "Infelizmente não temos bons indicadores favoráveis para comemorar nesta data festiva que são os vinte anos do estatuto, pois os órgãos responsáveis, como Judiciário, Executivo e também a sociedade não conseguiu evoluir na mesma medida que o processo de marginaliza-ção", explica a promotora. Segundo ela o Estatuto é uma das leis mais modernas do mundo.

Aline Patrício disse que ó Piauí também ainda carece de uma infraestrutura e melhoria na rede de atendimento as estas crianças e adolescente. Segundo ele o Piauí tem a seu favor o fato de registrar ainda um número baixo de crianças e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, "isto se compararmos aos vizinhos Ceará, Maranhão, temos esse índice a nosso favor", acrescenta.

O Piauí possui apenas 88 promotores, quando o Estado todo tem 224 municípios. Outro número desfavorável ao Estado é o de que em apenas uma única Vara de Infância e Adolescência, que funciona em Teresina. "Por lei todas as comarcas nos municípios deveriam ter uma vara e isso infelizmente por questões estruturais não ocorre no Piauí", lamentou a promotora, atualmente o Piauí tem 94 comarcas.

A promotora citou ainda que nos últimos seis anos as drogas lícitas, como é o caso do álcool e ilícitas estão avançando cada vez mais entre os ado-lescentes do Piauí. De acordo com a promotora na Defensoria Pública são freqüentes os casos de famílias inteiras que foram levadas ao mundo do tráfico por causa da participação de suas crianças na distribuição das drogas. "Tem traficantes aqui em Teresina que dominam regiões, o filho já participa e aquela mãe e aquele pai ficam sem opção a não ser aderir ao crime, sob pena de morte", afirma. Ele cita ainda a falta de uma condição econômica e social favorável como responsável pelo problema. Segundo ela já foi registrado na Defensoria caso de família com 14 membros que tem como única renda o Bolsa-Família e ainda casos de crianças que ameaçam os pais. "Elas ameaçam sair da escola e deixar de receber o beneficio caso a família não o aceite", revelou a promotora.


Fonte: Diário do Povo

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