Depois do Censo, coeficiente de Picos continuará 2.6
Em julho de 2008 em uma pesquisa entre censos realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Picos aumentou de 70 mil 450 habitantes para 72 mil 477. O crescimento populacional de 3% verificado naquela época foi o suficiente para que o município tivesse uma elevação no seu coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios, (FPM), e passasse de 2.4 para os atuais 2.6. Esse dado é importante para determinar o valor do repasse mensal da União para as cidades.
E as estimativas do CENSO Demográfico 2010 apontam que a população picoense ao fim da pesquisa será de 73 mil e 21 habitantes. Apesar do crescimento do número de moradores desta vez o coeficiente do FPM não seguirá a mesma linha de crescimento. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU), usa o levantamento populacional para estabelecer o coeficiente individual de participação de cada município.
Assim sendo, com base no disposto no Decreto-Lei no 1881/81 à próxima faixa de coeficiente é de 2.8, que só é atribuída a cidades com uma população superior a 81 mil 505 habitantes. Quantidade essa que só poderá ser atingida por Picos, caso se mantenham as médias das estimativas do IBGE, em uma década.
Na sessão ordinária “relâmpago” realizada na última sexta-feira (17), os vereadores Rinaldinho (PMDB), Iata Rodrigues (PSB), Manoel Vieira e José Luís (PV), mostraram descontentamento com as estimativas do IBGE. Os parlamentares não acreditam que população picoense seja apenas a projetada no censo demográfico. E eles não deixam de ter razão. Afinal muitas pessoas de fora passam a maior parte do ano ou estudando ou trabalhando em Picos.
Contudo, no escritório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nossa equipe de reportagem foi informada que existem critérios para definir quem é ou não morador do município. Um desses critérios é que as pessoas que possuem mais de um domicílio em cidades diferentes podem escolher qual é a sua residência principal. E é justamente o que acaba acontecendo em Picos principalmente em relação aos estudantes, que preferem optar por suas cidades de origem. Entretanto, o IBGE explica que esta mesma situação acontece com os picoenses que estudam e trabalham em outros locais.
“Os problemas enfrentados por Picos só podem ser resolvidos com orçamento. È preciso que haja dinheiro. Agora quando se manda dinheiro para uma cidade de 50 mil habitantes, mas que tem 80 mil habitantes o que acontece é que Picos acaba sofrendo”, lamentou o vereador Iata Rodrigues.
