Para pressionar o Governo do Estado a oferecer uma proposta concreta antes do segundo turno das eleições, os professores da rede estadual de ensino vão fazer uma paralisação de 24 horas no próximo dia 22 de outubro, quando também acontecerá uma nova assembleia geral para decidir se entram ou não em greve. A decisão foi tomada ontem, no Teatro de Arena.
Na última reunião realizada entre integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-PI) e do Governo do Estado, no Palácio de Karnak, no dia 23 do mês passado, ficou acertado que não haveria greve até a próxima reunião, marcada para o dia 16 de novembro. No entanto, na assembleia desta quinta-feira, alguns integrantes sugeriram já iniciar uma greve imediatamente, tendo em vista que o atual governador Wilson Martins (PSB) está em campanha para reeleição e não quer se indispor com os professores.
Os professores reclamam que recebem menos que o piso nacional, hoje de R$ 1.024,00. “Somente os professores de 40 horas aula ganham esse valor, mas não é como vencimento básico. Os de 20 horas recebem pouco mais de um salário-mínimo, o que é uma vergonha”, reclama o professor Hallysson Ferreira, um dos que defendeu a realização de uma greve já na próxima semana. A categoria, no entanto, aprovou foi uma paralisação.
O Sinte-PI estuda, na próxima reunião com o Governo, solicitar já o reajuste do piso salarial para R$ 1.350,00, além de aumento no valor da database da categoria, que não obteve aumento em maio porque se tratava de um ano eleitoral. “Também queremos aumento na regência, na gratificação dos diretores, além de reajuste para o pessoal administrativo”, afirma João Correia, um dos diretores do sindicato.
Com informações de O Dia