Sebrae realiza curso de aproveitamento integral do caju em Santo Antônio de Lisboa
Visando melhorar a produção e aumentar a geração de emprego e renda o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae/PI, realizou de 13 a 17 de outubro, o curso de Aproveitamento Integral do Caju. O treinamento aconteceu no Povoado Bentivi, município Santo Antônio de Lisboa e teve como participantes os sócios da Associação de Moradores da comunidade. O objetivo do evento é ampliar o mercado do caju e fornecer técnicas para a fabricação dos derivados do fruto como suco, geléia, cristalizados, rapadura, doces, glacê, cajuína, fruto ao xarope, vinhos, licores, fibra (bagaço ou farinha); comidas como arroz, lasanha, macarronada, bife de caju, pizza, dentre outras, fazendo do Caju um produto rentável que não acumule perdas.
O curso abordou durante a carga horária de quarenta horas, ministrado pelo empresário e instrutor do Sebrae no Piauí, Lenildo Lima, os temas Higiene e Segurança no Trabalho; Industrializando a Produção; Aproveitando o Caju I – Industrialização; Aproveitando o Caju II – Culinária e Custos de Produção e Embalagem.
"Esse curso foi realizado atendendo a reivindicação de produtores e agricultores do município, dentre eles os sócios da Associação do local e da vereadora Solange Guimarães que também é proprietária de uma Indústria de Cajuína no município, onde foi ministrado o curso. É chegado o momento de incentivar os produtores de caju e trabalhadores da agricultura de nossa Capital do Caju a utilizarem todo o fruto" – afirmou o superintendente do Ministério da Agricultura no Piauí, Aurino Guimarães que também é produtor de caju e de mudas de caju no município uma vez que já existem mais de 10 indústrias no município e elas aproveitam apenas o suco.
"Nossa administração apóia todas as iniciativas deste porte que beneficie a cajucultura de nossa Capital do Caju inclusive iremos solicitar ao Sebrae que leve este curso para outras comunidades do município" – afirmou o prefeito municipal de Santo Antônio de Lisboa, Assis Cipriano que também deu apoio para a realização do treinamento e esteve no encerramento, oportunidade em que foi servido um farto almoço de comidas e a base do caju para os presentes, produzido pelos próprios alunos participantes do curso.
"O treinamento foi dinâmico e interativo. Espera-se que as técnicas apresentadas durante o curso possam facilitar o cotidiano da produção de cajuína e dos derivados do caju, contribuindo para que os produtores aprendam a aproveitar todo o fruto, gerando mais emprego e renda com a cajucultura, tendo em vista apesar das suas propriedades e potencial de aproveitamento, nas principais regiões produtoras há um grande desperdício de caju – cerca de 90% é jogado fora –, pois a maioria das lavouras é voltada apenas para a exploração da castanha, mas aqui em Santo Antonio de Lisboa pude ver que a poupa da fruta está sendo bastante aproveitada para a ração animal o que já é um grande avanço.
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