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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Álcool tem sido o principal motivo de violência doméstica

Álcool tem sido o principal motivo de violência doméstica
O álcool, que já foi apontado pelo Ministério da Saúde como um dos principais responsáveis pelas mortes decorrentes de doenças do aparelho circulatório, aparece também associado à violência. A ingestão de bebida alcoólica está associada a pelo menos 30,3% dos casos de violência contra as mulheres, segundo estudo divulgado ontem (21) pelo Governo Federal.


Nos domicílios onde há álcool, a violência tende a ser mais duradoura. As agressões que se perpetuam por até cinco anos ocorrem três vezes mais nessas casas do que onde a bebida não está presente.
De acordo com o Ministério da Saúde, 62,7% dos casos de violência contra mulheres, a agressão ocorreu em residência e 39,7% delas afirmaram já terem sido agredidas anteriormente.


De acordo com a psicóloga Adriana Fonseca, a crença de que o álcool é responsável pelas agressões diminui a culpa do agressor e aumenta a tolerância da vítima, podendo favorecer novos episódios.
“Além disso, o padrão crônico de beber pode ser importante fator na reincidência das agressões e agravado quando a dependência já está instalada”, afirma. Depois da residência, a escola foi o segundo local de ocorrência mais relatado (11%) de violências contra mulheres, porém com percentual menor do que as fichas sem informação (21%).


Independentemente de sinais de embriaguez, os agressores são, em sua maioria, homens. Ainda conforme dados do Ministério da Saúde do total de 8.766 vítimas atendidas em unidades de referência, 6.236 foram do sexo feminino (71,1%), incluindo crianças, adolescentes e pessoas idosas. Mulheres casadas ou que viviam em união estável representaram 25,6% das vítimas, enquanto que as solteiras responderam por 38,7% dos registros.

Entre as vítimas do sexo feminino, os casos se concentraram em adolescentes e jovens na faixa dos 10 aos 19 anos (28,8%), crianças de 0 a 9 anos (21%) e mulheres dos 20 aos 29 (19,9%) e dos 30 aos 39 anos (13,9%). As menores concentrações foram identificadas nas faixas etárias de 40 a 49 (7,8%), 60 anos ou mais (4,3%) e de 50 a 59 (3,5%).

Contudo, procurar ajuda ainda é um obstáculo a ser superado, tanto por quem apanha quanto por quem agride. Quase 70% das vítimas de agressores alcoolizados e 89% dos agressores sóbrios nunca procuraram ajuda. Entre os agressores alcoolizados, apenas 11,4% procuraram apoio especializado
para diminuir ou parar o uso e bebida.


Fatores como medo, vergonha da família e perante a sociedade fazem com que muitas mulheres deixem de denunciar seus agressores e de procurar ajuda em serviços de saúde básica, aponta a psicóloga Adriana. De acordo com ela, as vítimas procuram ajuda mais nos serviços de saúde do que na segurança. “A busca, em maior número, pelos serviços de saúde pode estar associada à maior severidade da violência que ocorre quando o agressor está embriagado”, destacou.

Com Informações Jornal O Dia

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