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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Diretoria do Palmeiras quebra cabeça para contratar treinador

O Palmeiras procura um novo técnico sem saber qual argumento vai utilizar para justificar a futura aquisição. A atual diretoria já apostou em profissionais caros e renomados e em novatos em busca de espaço. Nenhum foi preservado.

Luiz Felipe Scolari é o sonho de consumo do momento, mas, caso o ex-treinador da seleção brasileira não seja seduzido pelo estafe do presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, restarão as opções de sempre.

Na verdade, Scolari transformou-se na última tentativa do grupo político dirigido por Belluzzo de fazer vingar um treinador no comando do time.

Em 2007, quando Affonso Della Monica ainda era o presidente palmeirense (iniciava, então, o segundo mandato), a base do departamento de futebol já tinha na figura de Gilberto Cipullo, hoje vice de Belluzzo, a sua principal liderança.

A aposta daquela temporada foi Caio Júnior, que conduzira o Paraná ao surpreendente quinto lugar no Campeonato Brasileiro do ano anterior, enquanto o Palmeiras, que trocara quatro vezes de técnico durante o ano de 2006, ficou em 16º, a um passo do descenso.

Nas mãos de Caio Júnior, o time não se classificou para as finais do Paulista, caiu na Copa do Brasil diante de um rival modesto (o Ipatinga) e terminou o Nacional em sétimo, fora da zona de classificação para a Libertadores. O treinador foi demitido no final daquele ano.

Na temporada seguinte, o clube abriu os cofres e trouxe Vanderlei Luxemburgo, um dos técnicos mais vitoriosos da história recente do Palmeiras.

O investimento gerou um título, o Estadual, mas também seguidos problemas fora de campo, principalmente em 2009, quando Belluzzo assumiu a presidência do clube.

Entre desavenças com a torcida e discussões com alguns atletas do elenco, Luxemburgo acabou mandado embora em meio a um bate-boca público com o novo mandatário.

Jorginho, então técnico do Palmeiras B, foi chamado para tapar o buraco enquanto Belluzzo negociava com o ex-são-paulino Muricy Ramalho.

Assim como seu antecessor, Muricy chegou com o peso do currículo e também do bolso.

Custou caro e fracassou no Brasileiro, terminando fora da zona de classificação para a Libertadores. Foi fritado até fevereiro deste ano, quando não resistiu aos maus resultados e também acabou demitido.

Mais uma vez, os dirigentes mudaram o foco e resolveram confiar a equipe a um novato. Antônio Carlos não tinha nem um ano na função quando foi tirado do São Caetano. Durou 19 jogos. Caiu nesta semana.

"Foram tentativas válidas", diz o diretor de futebol palmeirense Genaro Marino, que trabalha diretamente com Cipullo há pouco mais de três anos.

Enquanto esperam por Scolari, os cartolas deixarão a equipe novamente sob os cuidados do responsável pelo time B, que hoje é Jorge Parraga.

folhauol

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