Chapa pura do PT contraria aliados, e sigla pode voltar atrás
Fábio Novo, presidente do PT no Piauí, diz que o partido tem direito de montar sua estratégia.
No dia 14 de junho, durante encontro de delegados do diretório regional, o Partido dos Trabalhadores definiu que não realizará coligação para cargos proporcionais no Piauí.
A insatisfação dos demais partidos aliados ao governador Wilson Martins (PSB), com quem o PT participa de coligação para cargos majoritários, foi tamanha que a sigla realizará outro encontro para analisar a possibilidade de coligar-se ao menos para a disputa a vagas na Câmara Federal.
De acordo com a matemática dos petistas, o partido tem condições de eleger, sozinho, seis de seus 22 candidatos a deputado estadual e dois de seus seis candidatos a deputado federal. À época do anúncio da chapa pura, o presidente do diretório regional do PT, o ex-deputado estadual Fábio Novo, afirmou que cada partido tem o direito de montar suas estratégia e que essa seria a melhor estratégia para o PT.
Já lideranças de outros partidos aliados a Wilson Martins, com o deputado estadual Robert Rios (PCdoB), manifestaram desagrado à resolução petista. Para Robert Rios, único deputado estadual eleito pelos comunistas na última eleição, “o PT se esquece que já precisou do apoio de muitos partidos”. Robert Rios chegou a dizer que o PT estaria sendo covarde e que estaria “de salto alto”. “O PT tem de lembrar quantas vezes elegeu gente escorado nos aliados. Se for para não ter coligação agora, eu sugiro que ela não exista nunca mais”, chegou a afirmar.
Fonte: Jornal O DIA
