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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Heráclito a Ciro Nogueira: "eu não tenho negócios, rádio, revenda"


“Há cerca de 20 dias Cirinho foi ao meu gabinete, às 9 horas da manhã. Já estranhei ele acordar tão cedo...

O senador Heráclito Fortes (DEM) utilizou a tribuna ontem (16), para rebater as críticas do deputado federal Ciro Nogueira (PP), postulante a uma vaga no Senado Federal, e num tom já usado pelo senador Mão Santa (PSC), foi duro com o parlamentar, que criticou a dupla na Câmara Alta, dizendo que eles, por serem críticos do governo, trabalhavam contra o estado, pecha que os governistas tentam atribuir àqueles que fazem oposição.

“Há cerca de 20 dias – e a vivência política nos dá uma experiência -, Cirinho foi ao meu gabinete, às 9 horas da manhã. Já estranhei ele acordar tão cedo. Mas, às 9 horas da manhã, estou no meu gabinete, ele chaga: “Fique tranqüilo, estou sendo convidado, mas não aceito, em hipótese nenhuma, ser candidato ao Senado. Venho lhe dizer isso em atenção a nossa grande amizade”. “Aquela conversa de cerca Lourenço. Quando ele saiu, comentei com pessoas da minha intimidade: esse menino está com capilossada. Está com capilossada”, chamou para o embate.

“Uma grande transação”

“Agora, a coisa está sendo anunciada, mas de maneira errada, parecendo que é uma grande transação e não um acordo político. Estou falando isso porque soube, agora há pouco, que ele fez algumas considerações à minha atuação e à do Mão Santa. Pelo Mão Santa, não posso responder, mas por mim, sim. Seria bom se ele realmente vier a ser candidato ao Senado, que nos sentássemos num debate para mostrar quem trabalhou mais pelo Piauí, quem fez mais pelo Piauí em todos esses anos. E outra coisa: para comentar quem são as minhas companhias, quem são as companhias do candidato ao longo desses anos. É preciso que essas coisas fiquem bem claras”, declarou.

A ironia com Nogueira

“Aliás, tenho uma admiração muito grande pelo Ciro. O Ciro é uma pessoa que brilhou na Câmara; foi o lançador do Severino Cavalcanti como candidato a Presidente da Casa e o responsável pela sua eleição. E era o principal interlocutor do Severino naquela Casa. Eu não tive essa oportunidade. Eu fui o grande interlocutor – e ele sabe disso – de Ulysses Guimarães, de Tancredo Neves. Eu faço política por vocação”, acrescentou.

Negócios e Contradições

“Senador Mozarildo, eu não tenho negócios, eu não tenho uma rádio, eu não tenho uma revenda, eu não tenho nada na minha vida oriundo da minha atividade parlamentar, e esse é um propósito. É um propósito! Só acho que o Cirinho tem que ter um pouco de cuidado nas agressões que faz às pessoas. Por que agredir o Mão Santa agora, se há quatro anos o Cirinho apoiou o Mão Santa como candidato a Governador e colocou como Vice na sua chapa o seu próprio pai? Será que o povo do Piauí não está prestando atenção, não está vendo esse tipo de coisa?”, indagou.

Ele “posa de bonzinho”

“Cirinho é um menino que posa de bonzinho e tem uma imagem de conciliador. Ele não vai agora, nem bem começou a campanha, agredir gratuitamente as pessoas, os colegas. É isto que faz com que a classe política se torne desacreditada: a falta de coerência. Há menos de um mês, Cirinho andava prometendo apoio a Sílvio Mendes e, inclusive, postulava uma vaga de Vice-Governador na chapa. Depois, aconteceram fatos, eleição para o Tribunal de Contas etc., e ele tinha um candidato do seu grupo e teve apoio do Governo. E aparece então esse Padilha, que – dizem – está dando sustentação administrativa e financeira a ele”, pontuou.
Fonte: portalaz.

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