ATRASO: Policiais revoltados querem reajuste do Governo
Ontem (17/06), duas ações dos bandidos chamaram a atenção da sociedade piauiense, eles invadiram uma sala de aula na Ufpi (Universidade Federal do Piauí) e fizeram arrastão; o outro caso foi de uma joalheria assaltada sete vezes. A solução seria reforçar a segurança nas ruas da capital. Porém, os profissionais responsáveis por manter a tranqüilidade do cidadão não estão sendo respeitados.
Os policiais militares, civis, fazendários e bombeiros do Piauí reclamam do não cumprimento do reajuste salarial respaldado pela Lei ordinária nº 5.755, de 8 de maio de 2008. Segundo eles, o governo do Estado não está cumprindo o reajuste salarial que seria feito de forma escalonada até 2011. A categoria garante que já buscou negociações com o governo do Estado, através da secretaria Estadual de Administração, mas ainda não foi atendida.
De acordo com o sargento Alberto Sena, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos, o Governo deu garantias de que o reajuste seria concedido a partir da data-base de maio. No entanto, o valor não veio acrescido na folha de pagamento dos servidores, o que está gerando revoltas. “O secretário de Administração foi à imprensa dizer que o reajuste seria incluído na data-base de maio, mas não foi. Estávamos contando com esse dinheiro a mais, que é nosso de direito”, reclama.
Pelo texto da Lei, seria concedido um aumento escalonado de R$ 70 para soldados e R$ 600 para coronel da ativa, enquanto os inativos receberiam um reajuste de R$ 140 para soldados e R$1.600 coronéis. O reajuste seria feito de forma parcelada, e foi dividido em três parcelas que seriam pagas em maio de cada ano, até 2011. “Em maio deste ano, o Governo não lançou o acréscimo na folha de pagamento, apenas 15% do valor acordado. Garantiram que, após o encerramento dos pagamentos, o Governo pagaria a diferença em uma folha suplementar, o que não foi feito até agora”, acrescentou o sargento R. Silva.
O secretário estadual de Administração, Evaldo Ciríaco, explicou que a folha suplementar já foi encaminhada nesta terça-feira para a secretaria de Fazenda, que irá fazer a transmissão dos créditos para o Banco do Brasil, responsável por disponibilizar os recursos nas contas dos servidores. “Não é mercearia. Tem toda uma sistemática burocrática que precisa ser seguida. Acredito que ainda esta semana o valor estará nas contas dos servidores”, pondera.
O sargento Alberto Sena reclamou ainda que do Governo por alegar não tem recursos para pagar o valor estipulado pela Proposta de Emenda cosntitucional 300 (PEC 300), que equipara a remuneração dos policiais militares, civis e bombeiros com salários pagos à categoria em Brasília. Segundo o secretário estadual de Administração, se aprovada, a PEC 300 irá gerar um aumento de 150% na folha de pagamento do Piauí, já que, atualmente, o pagamento dos salários da PM é responsável por um quarto da folha de pagamento do Estado, que é de aproximadamente R$ 200 milhões.
Com informações do Jornal O Dia