Medicamentos excepcionais voltam a faltar na farmácia do Estado (PI)
Mais uma vez faltam medicamentos excepcionais na farmácia do Governo do Estado. Os usuários que se deslocam até a farmácia são informados de que os remédios estão sem data para chegar. É o caso de Francisca de Melo da Silva, moradora do Bairro Aeroporto. Ela já deu várias viagens até farmácia para receber o medicamento para seu filho, que sofre de esquizofrenia, e até a tarde de ontem não tinha conseguido.
O filho de Francisca de Melo da Silva, de 31 anos, depende do medicamento desde os 18 anos. Segundo ela o nome do remédio é Zyprexa e custa cerca de R$ 400,00. "É muito caro o medicamento, quando falta na farmácia do Governo somo s obrigado a comprar. Com muito sacrifício ainda conseguimos comprar o medicamento, mas aquelas pessoas que não podem comprar, como ficam?" questiona a dona de casa.
Francisca de Melo disse, que quando falta o medicamento o seu filho fica nervoso, ouvindo vozes, sem dormir, às vezes fica calado, às vezes falando de demais, é um sofrimento para família. Já tendo ido várias vezes a farmácia, ela pede ao Governo do Estado para que veja esta situação difícil, que acontece há muito tempo na farmácia dos medicamentos excepcionais.
Várias denúncias contra a falta de medicamento já foram realizadas pelos os usuários, inclusive há um pouco mais de um mês as denúncias chegaram a Asssembleia Legislativa, que realizou audiência pública para discutir o problema. Várias causas e culpados foram apontados pela responsabilidade do problema. Houve até denúncias de desvio de recursos. Um mês depois o problema volta a acontecer e aumentar o sofrimento dos que necessitam.
A caixa do comprimido Zyprexa de 5 mg, que custa R$ 400, 00 tem 28 unidades, o paciente toma um comprimido por dia. Tomando o medicamento normalmente o paciente consegue viver mais tranqüilo. O filho de Francisca de Melo, mesmo sofrendo de esquizofrenia conseguiu terminar um curso superior em ciências contábeis, agora ele estuda para concurso, mas quando falta o medicamento tem dificuldade de se concentrar nos estudos.
Fonte: Diario do Povo