Sílvio diz que subnotificações escondem violência do Piauí
O pré-candidato a governador pelo PSDB, Sílvio Mendes, afirmou que o Piauí é considerado um dos estados mais pacíficos do país, "talvez, porque não tenha papel para fazer ocorrências nas delegacias. Talvez, porque os carros da polícia não tenham gasolina para atender os chamados. Talvez, porque as ocorrências não podem ser feitas", assinalou o tucano.
Sílvio considerou ainda que pode haver as subnotificações, onde muitas pessoas não vão fazer denúncias, porque sabem que não serão tomadas as providências.
Para Sílvio, a real violência no Piauí não aparece porque há falta de estrutura nas delegacias, por isso, aparecem os baixos índices. Ele afirmou que as condições precárias de trabalho da polícia contribuem para isso. "É preciso compreender as dificuldades operacionais que a Polícia tem. A quantidade de homens que são contratados. Hoje a Polícia Militar tem pouco mais de 6 mil homens, que é menos que na época do governo Freitas Neto, há mais de 20 anos. Por estimativa, a Polícia Militar deveria ter aproximadamente 10 mil homens. Tem quase a metade disso", analisou Sílvio Mendes.
Ele lembrou que recentemente invadiram uma sala de aula na Universidade Federal do Piauí. "Estão fazendo assalto à luz do dia. Nunca se viu um negócio desses. Isso não é razoável. Gostaria que fossem dadas as condições à Polícia Militar e a Polícia Civil para ter condições de combater os crimes. Existem muitas limitações", ressaltou o tucano.
Segundo Sílvio, no Piauí todos sabem que são os traficantes de drogas. "Muitas vezes, a polícia não pode fazer nada, porque são chamados de importantes. A polícia talvez até saibam onde estão os criminosos, mas tem limitações para prendê-los", analisou.
Ele afirmou que "os criminosos maiores, que causam mais mal à população, não são moradores de favela. Não se pode ter discriminação ou preconceito contra pobres. Quem mora em favela, com certeza, gostaria de morar no Jockey Clube. Com certeza, estão na favela por necessidade", reclamou Sílvio, respondendo a uma suposta declaração do coronel Prado, que teria dito que os prefeitos de Teresina tinham participação no crescimento da violência na capital, porque incentivavam as ocupações.
"Na nossa administração, fizemos uma lei proibindo o poder público de fazer intervenção em qualquer área de ocupação. Em Teresina tem mais de cem áreas de ocupação. Nenhum dinheiro público foi gasto para fazer indenização de ocupação de áreas irregulares. Respeito o coronel Prado. Tenho um carinho especial por ele, e pelo profissional que ele é. Os criminosos do Piauí, em Teresina e no Brasil, os maiores não estão nas favelas. No Maranhão, por exemplo, foram indicados tantos próximos do poder", finalizou Sílvio Mendes.
Fonte: diário do povo