O deputado federal Paes Landim defende privatização no Piauí
O deputado federal Paes Landim criticou atuação da Eletrobras (ex-Cepisa) no Piauí em discurso proferido na Câmara. "Lideranças industriais defendem a privatização da Eletrobras, uma filial da matriz, em razão do fracasso das políticas públicas que ela vem implantando no Estado nos últimos 8 anos". Ele disse que o Piauí é o único Estado que não cumpriu a meta do Programa Luz para Todos, apesar de todo o empenho do Governo Federal.
"Foi muito oportuna a advertência do setor produtivo do meu Estado de que, da maneira como se encontra a Eletrobras, é preferível entregá-la a uma gestão privada eficiente a deixá-la nos descaminhos do setor público", completou.
"Infelizmente, a Cepisa foi dominada logo nos primeiros anos do Governo do Presidente Lula por uma direção política - politiqueira, mesmo! - sem nenhum compromisso com as estratégias de políticas de energia para o Estado do Piauí", criticou.
"Tínhamos uma esperança de que, na presidência, o doutor Flávio Decat, que dirigia 6 empresas do sistema Eletrobras, inclusive a do Piauí, iria racionalizar os estudos e diagnosticar perfeitamente os graves problemas da empresa. Havia uma luz no final do túnel. Mas, a ida de Flávio Decat, no começo do ano, para o sistema elétrico da livre iniciativa, deixou um certo vazio nas políticas de energia elétrica no meu Estado", disse.
"Em cidades como Corrente, a porta de entrada para o cerrado, a cidade mais importante do extremo sul do Estado, a partir das 18h ou 19h, possui fornecimento precaríssimo de energia e há dificuldades para os aparelhos de televisão serem ligados", exemplificou Paes Landim. "E assm, eu poderia citar várias cidades".
"Em São Raimundo Nonato o problema de energia é tão sério que computadores frequentemente queimam em razão da oscilação do fornecimento elétrico. Parnaíba também se ressente da presença efetiva da Eletrobras", enumerou.
Segundo o deputado, em vários Municípios importantes do Estado não tem sequer um engenheiro da Cepisa. "Quando ocorre um problema em uma cidade como em São João do Piauí ou São Raimundo Nonato, o engenheiro tem que ser chamado de Picos, distante cerca de 300 quilômetros", disse.
"A Eletrobras do Piauí não pode atuar nessa desorganização, na balbúrdia de políticas públicas e no oferecimento de serviços precários às comunidades piauienses, afetando o desenvolvimento e o progresso do Estado", falou.