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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Reajuste do mínimo e pensões devem ficar acima da inflação

                                                          Imagem: Divulgação
Brasília - Apesar de não aprovar um valor nominal para o salário mínimo no próximo ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada ontem (8) pelo Congresso Nacional, estabelece a obrigação de o reajuste ser superior à inflação. O texto também determina que as aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tenham aumentos reais (acima da inflação) em 2011.

De acordo com o texto, inclusive os benefícios acima de um salário mínimo deverão ter ganhos reais no ano que vem. Essa foi a primeira vez que a LDO fixa parâmetros para as aposentadorias e pensões. Em relação ao salário mínimo, a lei costuma fixar o valor para o ano seguinte, mas neste ano o Congresso deixou a decisão para o Orçamento de 2011, cuja elaboração terá a participação do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em relação ao texto aprovado anteontem (7) à noite pela Comissão Mista de Orçamento, a LDO sofreu apenas uma alteração.

Os parlamentares restabeleceram a prerrogativa de o Congresso suspender recursos para obras sob suspeita, mesmo que os gestores atrasem o envio de informações para o Tribunal de Contas da União (TCU).

Em relação ao superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), a LDO estabeleceu uma meta nominal de R$ 125,5 bilhões em vez de fixar o percentual de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB), como ocorre tradicionalmente. O governo, porém, poderá descontar todo o montante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além dos restos a pagar do programa e do excesso de superávit apurado em 2010.

Até o ano passado, a LDO previa o abatimento da meta em até 0,5% do PIB de investimentos do Programa Piloto de Investimentos (PPI), que abrangia investimentos prioritários em infraestrutura e saneamento.

Em 2009, o governo incluiu o PAC no mecanismo e permitiu que até R$ 28 bilhões do PAC fossem usados para reduzir a meta. No próximo ano, o PAC poderá ser abatido integralmente da meta pela primeira vez.

Fonte: Diário do Povo

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