Redirecionando

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

JAICÓS: Polícia investiga mais um caso de abuso sexual


No município de Jaicós nos últimos meses, casos de abuso sexual estão acontecendo com muita frequência. Entre esses, há o agravante dos abusos na maioria das vezes acontecerem contra menores de idade. No último sábado (28), policiais militares conduziram José Cláudio de Sousa para a Delegacia local, sob a acusação de tentativa de estupro contra a pessoa de Luzirene Maria de Sousa Silva. Segundo o Subtenente José de Amorim Araújo, a vítima compareceu à Delegacia e registrou queixa contra o acusado, informando que no dia anterior, na sexta-feira (27), por volta do meio dia, quando chegava do trabalho em casa para o almoço, foi surpreendida com a presença do José Claudio, que entrou na sua casa e tentou abusá-la sexualmente.


Os policiais militares, em operação conduzida pelo Subtenente Araújo, realizaram diligência até a cidade de Massapê e conduziram o acusado até a Delegacia de Jaicós e o apresentaram ao Delegado. De acordo com o Subtenente, o Delegado liberou o acusado, sem ter autuado o flagrante, pois segundo a vítima aconteceu a invasão de domicílio e a tentativa do abuso sexual.

Procurada pela nossa reportagem, a vítima informou que mora sozinha, na Rua José Alves Feitosa, Bairro Nova Olinda, e que nunca teve nenhum tipo de aproximação com o acusado, apesar de sempre ter visto o mesmo na rua em que mora. Segundo ela, o acusado chegou a deixa-la nua, na tentativa do abuso, mas a mesma gritou muito e pediu que o mesmo não fizesse aquilo. “Eu falei e implorei para que ele não fizesse aquilo comigo, senão eu morreria ali mesmo. Foi quando ele desistiu, me falando que eu era uma louca”, disse Luzirene, que informou também que uma vizinha escutou os seus gritos.

De acordo com o Comandante da 3ª CIA/4ºBPM, Capitão Félix, a Polícia Militar fez a sua parte, quando ao receber a denúncia realizou diligência e conduziu o acusado até a Delegacia. 

O Subtenente Messias, Delegado da cidade, justificou a liberação do acusado. “Não foi consumado o fato, não aconteceu o crime de estupro, não tinha nenhum indício que comprovasse a tentativa, por isso eu só escutei ele e o liberei. Se eu o tivesse prendido e autuado o flagrante, seria a palavra dele contra a dela e com isso, até eu poderia responder por prendê-lo ilegalmente”, afirmou.

O Delegado informou que está apurando os fatos e já está escutando depoimentos de testemunhas. Segundo ele, a vítima reconhece que o fato não foi consumado por vontade do autor, que se o mesmo quisesse tinha conseguido, mas ela pediu, implorou e o mesmo desistiu por conta disso. Quanto ao acusado, o Subtenente Messias afirma que ele vai responder em liberdade, e que se for encontrado algum indício que confirme a denúncia, a prisão vai depender do Juiz.

Colegas de trabalho de Luzirene relataram que a mesma está muito deprimida depois do acontecido, não se alimenta e confessou estar com muito medo. Especialistas afirmam que a violência e abuso sexual pode trazer consequências danosas duradouras para a vítima, família e comunidade.

A Delegacia de Jaicós, atualmente conta com dez detentos à espera de julgamento, três desses por estupro e abuso sexual, como por exemplo, Francisco Solivan da Silva, 19 anos, acusado de ter estuprado um garoto de nove anos no bairro Serranópolis e o Sr. José Domingos, de 50 anos, acusado de estuprar sua sobrinha de apenas 03 anos de idade, no bairro Cohab.

De acordo com dados contidos em relatório do Serviço de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Sexual (Sanvvis), no Piauí acontecem 200 casos de violência sexual por mês. Mais de 90% das mulheres não denunciam seus agressores ou sequer buscam auxílio médico especializado quando violentadas. As vítimas têm medo de acontecer de novo. Mas os estupradores, na maioria dos casos, têm sido pegos e presos”, diz a médica Maria Castelo Branco. A coordenadora do Sanvvis explica que o perfil dos agressores muda de acordo com a idade da vítima. “Os agressores das crianças estão mais perto da família ou na vizinhança. Já quando a vítima tem mais idade e já consegue se defender, o autor da violência costuma ser desconhecido”, destaca.

Com informações noticiei

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